DESPERTAR ESPIRITUAL
Nossa postura(nem sempre consciente) diante da alma!
- Despertar espiritual
Não é raro ao ser humano indagar-se sobre suas origens e sua condição nesse mundo, enquanto “ser”. Seja desde criança ou não, em algum momento, certos questionamentos, surgem a nós, como por exemplo: o que estou fazendo aqui? O que realmente sou? Homem(humano), espírito eterno? De onde vim e para onde vou?
Dada à condição racional, no homem, e suas capacidades cognitivas, é dessa forma que algumas manifestações, disso que chamamos espiritual, se manifesta de um modo geral. E nisto, vejo as nossas potencialidades divinas ou espirituais em manifestação, vejo um sopro do despertar.
Então, sinto que, inicialmente, é como num sopro muito sutil que estas experiências íntimas vêm e, muitas vezes, através de certas perguntas que fazemos a nós mesmos e por ser sutil e interno, nem sempre há a percepção consciente por todos. E num segundo momento ou concomitantemente, pode-se observar as tais “crises existenciais”, queixas de sentimento de vazio e outros sentimentos ou sensações semelhantes, com certo tom melancólico, em muitos momentos – como se a vida perdesse o sentido que tinha anteriormente, como se de alguma forma a pessoa se desse conta do quanto o mundo/as pessoas não é como ela pensava ser. E como se isso não fosse o suficiente, ainda sobrevém alguma tristeza, indignação, raiva, emoções as mais diversas e não é raro, os casos diagnosticados como depressão, nesses momentos, caso essas emoções e pensamentos que nesse momento surgem, não forem bem compreendidos como algo inerente ao ser humano ou a vida. E para se diferenciar um quadro do outro, é algo que cabe a um especialista e sem dúvida este especialista, é sim, o psicólogo e claro, de preferência que tenha conhecimento sobre esses aspectos da condição integral do ser (linha sistêmica e a transpessoal). Lembrando ainda, muito desses aspectos que nos proporciona o contato conosco, mais profundamente, nos levando a um despertar espiritual, quando não consciente(não se reconhece o que é) pode sim, levar a outros tantos quadros que, às vezes, necessitam de outras intervenções, inclusive medicamentosa.
Mas, voltando às sensações e experiências citadas acima (sentimento de vazio, melancolia, irritabilibilidade, perda de sentido/importância em relação às pessoas e à vida, entre outros). Para mim, muitos desses relatos retratam um novo olhar surgindo, trazendo ao sujeito uma nova percepção de vida, como num chamado interno, um chamado da alma, no sentido de “acordarmos” para certas coisas que até então, não estava sendo visto em nós e a partir de nós mesmos. É este período ou são estes os traços mais comuns, de quem diz estar despertando, espiritualmente. E de certo, pode-se chamar assim, pois, nem sempre são claros os reais motivos das sensações e percepções. Muito está inconsciente em si mesmo, ou seja, não se sabe de onde vem tudo isso, pois, nem sempre coincide, com eventos externos significativos para esse movimento interno tão intenso. É mais ou menos assim que acontecem os tais “despertares espirituais” – despertar porque o olhar para a vida modifica significativamente; e espiritual porque nem sempre se sabe ou pode justificar-se pelos eventos externos e materiais, é algo apenas sentido, interiormente e, portanto, inconsciente.
Portanto, os despertares que são relatados como a descoberta de um mundo fantástico e maravilhoso em si mesmo, é algo a ser visto com cuidado e compreensão, pois, pode-se estar em um dado estado onde, aspectos dessa psique estão em processo de compensação a algo que não pode ser explicado racionalmente ou ainda, há mecanismos mentais aí se manifestando e trazendo a tona certas crenças que possibilitam a criação desse "mundo fantástico" e quem sabe, haja tão somente certos enganos e ingenuidades mesmo, em jogo. Mesmo os despertares relatados por grandes personagens de nossa história, são registrados com características muito semelhantes ao que foi mencionado acima; e toda a condição de sublimidade posterior que muitos avatares viveram, são casos raros e específicos, a serem compreendidos a partir de muito estudo, não somente do indivíduo em questão, mas também sobre a condição da alma humana. Sendo assim, basear a nossa experiência de vida comparando-a, a qualquer outra, é no mínimo ingenuidade nossa. Por isso, cuidemos, pois, em nós, já há muito que se ver e estudar e certamente, enquanto, seres únicos e necessários, nesse aqui e agora, compondo o Todo.
Vejam bem, falo tudo isso, não para ditar algum padrão de conduta a ser seguido, mas por observar em mim mesma, uma postura ingênua, diante desse mundo “espiritual” apresentado a nós, principalmente, externamente, sem considerar a riqueza desse nosso mundo interno e na maioria das vezes, inconsciente. E mais o objetivo aqui é reafirmar, o quanto nós, somos os únicos caminhos e tudo é dentro, sempre. Nada e ninguém externo poderá ser seu guia ou mestre, tudo é dentro de nós e é aí a nossa maior e mais enigmática (se assim posso dizer) referência.
É importante lembrar que estou nessa jornada espiritual, desde menina e em nenhum momento, é possível deixar de olhar a si mesmo e buscar, através, dos recursos que nos é acessível o devido conhecimento, para em si, reencontrar aquilo que de fato faz sentido a nós e nos traz de volta, inteiros para agir nesse mundo em prol desse Todo. Ouvir a si mesmo e a voz da sua alma (vocação) esse é o caminho – o que é em si o mais real e “fácil de fazer”, o que flui com naturalidade, essa é a ponta do novelo para toda a realização “espiritual” e complementando com estudos e tudo aquilo que te leva de volta para casa(para você), te fazendo sentir-se inteiro e nesse todo unido e unindo, elevando e ascendendo sempre a patamares ainda mais altos(em si mesmo) – tudo isso sentido, acima de tudo e não entendido racionalmente; a razão ou entendimento, vem, sem dúvida, mas é de dentro que vem a compreensão primordial ou primária de tudo isso.
- Posturas (nem sempre consciente) diante da alma
Chegando a este ponto e compreendendo o que é o despertar espiritual, realmente, podemos passar para o próximo tema. E aqui, gostaria de abordar um pouco sobre essas primeiras condutas ou posturas, nossas, em relação ao despertar espiritual ou a este chamado da alma, em nós. Como nos portamos diante de nós mesmos enquanto seres espirituais, diante da alma que somos?
- Posturas (nem sempre consciente) diante da alma
Chegando a este ponto e compreendendo o que é o despertar espiritual, realmente, podemos passar para o próximo tema. E aqui, gostaria de abordar um pouco sobre essas primeiras condutas ou posturas, nossas, em relação ao despertar espiritual ou a este chamado da alma, em nós. Como nos portamos diante de nós mesmos enquanto seres espirituais, diante da alma que somos?
Quando entramos em contato com estes aspectos mais profundos em nós, é comum, entrarmos, primeiramente, de forma ingênua, imatura e/ou “infantil”, pois, desconhecemos esse espaço, esse mundo e misturamos com nossas crenças e com o que aprendemos ao longo da vida - então, como crianças vamos explorando esse novo momento de nossas vidas e em nós mesmos.
Em relação a esta postura infantil, ingênua e/ou imatura, é importante dizer que não é algo errado, feio ou que devemos nos envergonhar. É algo que é comum a todos nós, pois, de fato é um mundo desconhecido, um mundo que está ou esteve totalmente, inconsciente, a nós e como crianças, nesses novos passos, vamos explorando esse mundo novo, como já mencionei acima. Porém, devemos, sem dúvida acionar, certos aspectos em nós mesmos, que já estão maduros para nos acompanhar nessa jornada, pois, estamos nesse mundo e temos uma vida, normalmente ativa, com trabalho, família, amigos e muito mais que também requer de nós nossa atenção. E mais, é novo, é imaturo e desconhecemos, então, nos cabe trazer a consciência este "não-saber" e nos assumir "desconhecendo" tudo isso, para que não sejamos levados por nossa infantilidade apenas, nossos complexos infantis ou primários e assim vivamos ou nos envolvamos com algo que não seja real e não nos auxilie nesse processo de amadurecimento e ampliação dos seres que somos.
Então, o equilíbrio e a consciência sobre tudo isso, é algo que exigirá de nós o que nem sempre estamos disponíveis ou compreendemos bem. Às vezes, queremos apenas estar nos dedicando a um lado da história em detrimento da outra ou ainda apenas nos dedicando àquilo que nos agrada. Falo isto, pois, sempre consideramos as coisas desse dito espiritual (interno) como as que deveriam ser prioritárias, por exemplo. Porém, o espiritual não diz respeito apenas, a este mundo interno, mas também a tudo que espelhamos ou refletimos até aqui e portanto, é também da nossa responsabilidade cuidar e modificar, se for o caso, mas jamais negligenciar esse mundo externo. E lembrar que cuidar dos ditos aspectos espirituais, nem sempre é lidar ou cuidar daquilo que apenas agrada, mas também entrar em contato com muito dentro de nós que "não agrada"e tomar consciência de muito que, certamente, não será aquilo que esperávamos desse "mundo espiritual". E é isso que chamo aqui de postura ingênua ou nossas "birras".
Os aspectos mais profundos em nós são os aspectos que considero espirituais, aspectos íntimos, da alma, dessa nossa condição psíquica não apenas humana (superficial e mais consciente), como também os aspectos inconscientes (sombras e potenciais inerentes a alma). Ou seja, tudo o que somos, expressamos e/ou manifestamos nesse mundo, consciente ou não, diz respeito a alma, aos aspectos espirituais.
E quando começamos a olhar para nós questionando certas coisas em nós e diante desse mundo; quando despertamos para nós mesmos ou ainda, quando despertamos espiritualmente, adentramos a este mundo de forma infantil - adentramos, com nossas birras e nossas ingenuidades, também.
No que diz respeito às nossas birras, podemos vê-las quando desejamos satisfazer nossas necessidades, as mais superficiais, voltadas, principalmente para o prazer; onde queremos sempre nos beneficiar de forma rápida e normalmente, material ou ligada ao mundo externo, sem compreender o que em nós(internamente), precisa ainda amadurecer e assim, despertar, certos potenciais encobertos. E quando falo de nossa ingenuidade diante desse mundo espiritual desconhecido, estou falando da nossa ignorância diante desses espaços internos. Não imaginamos a força e a assertividade que há nesses submundos, o quanto de sabedoria se encontra em nós e acreditamos que por experiências, as mais diversas e ainda mentais/egoicas-superficiais, já sabemos e reconhecemos tudo que precisamos saber; como que adentrando ao “Mundo de Alice”, o fantástico apenas, fosse o suficiente para literalmente, definir aquilo que somos em integralidade. Nos baseamos, também e, muitas vezes, nas coisas do mundo e na experiência de outras pessoas para dar os nossos passos numa jornada que é única e em nós mesmos - inicialmente, faz todo sentido, pois, assim como a mãe orienta a criança, pode-se ter alguém como referência, porém, transformar isso ao longo do processo é primordial e sinal de amadurecimento, trazendo assim a sua própria assinatura para a vida, para o mundo e não apenas repetindo aquilo que outra pessoa já vem realizando. É comum também, negligenciarmos, negarmos e/ou rejeitarmos os aspectos em nós sombrios como se não nos pertencesse ou precisassem ser expulsos de nós e passamos a “acreditar” apenas na parte do todo que somos; parte esta, que nos agrada e/ou faz sentido superficialmente falando.
É raro aquele que se propõe perseverar diante da aridez que é explorar a si mesmo, esperando o oásis e desdenhando o deserto em si; polindo, realmente o diamante que está por trás ou embaixo de tudo isso. Diamante este que é a alma em suas nuances mais sutis, o “ser em integralidade”, o “ser em totalidade” – a nossa pureza, vivida e integrada num todo e diferenciado/único nesse mundo, podendo agora, retornar ao mundo, porém, inteiro e assim, ver esse todo que é, também no mundo e nas pessoas ao redor e em Unidade, viver e ser, acima de tudo.
É comum essa postura imatura de querer o que agrada a mente, ao ego, a superficialidade, as partes quando adentramos a este mundo espiritual porque sempre agimos ou atuamos assim – em parte, inconsciente de nós mesmos – e levamos essa conduta conosco quando adentramos a este mundo também. Mas, é assim que vamos de desilusão a desilusão, desconstruindo nossas crenças, revendo a nós mesmos e polindo, sutilizando aquilo que precisa ser sutilizado, nos ampliando, nos expandindo e permitindo dessa forma, ao ser que somos em totalidade, se manifestar dentro desse giro em espiral infinita, que é a expressão divina nesse Universo. É assim que vamos permitindo a manifestação do ser que somos, nesse palco, chamado vida.
Isso e mais um pouco, é possível falar dos primeiros passos, que pode levar anos, nesse trajeto espiritual, sobre a nossa postura infantil. E talvez seja interessante a todos nós, antes de qualquer conclusão, definição sobre nós mesmos, olhar para este aspecto infantil, ingênuo e birrento em nós, primeiramente. Reconhecer esta postura, nos permite levar esta “criança interna”, a espaços que a mesma pode então, amadurecer, ascender nessa espiral que somos. E arriscaria dizer que este que leva esta criança ingênua e birrenta, seja uma outra face nossa que possui essa visão do Todo, mas para sabe-la, real e ativa em nós, antes, é preciso a consciência sobre a nossa infantilidade diante do mundo vasto, infinito e profundo que é este, desconhecido mundo espiritual.
Os aspectos mais profundos em nós são os aspectos que considero espirituais, aspectos íntimos, da alma, dessa nossa condição psíquica não apenas humana (superficial e mais consciente), como também os aspectos inconscientes (sombras e potenciais inerentes a alma). Ou seja, tudo o que somos, expressamos e/ou manifestamos nesse mundo, consciente ou não, diz respeito a alma, aos aspectos espirituais.
E quando começamos a olhar para nós questionando certas coisas em nós e diante desse mundo; quando despertamos para nós mesmos ou ainda, quando despertamos espiritualmente, adentramos a este mundo de forma infantil - adentramos, com nossas birras e nossas ingenuidades, também.
No que diz respeito às nossas birras, podemos vê-las quando desejamos satisfazer nossas necessidades, as mais superficiais, voltadas, principalmente para o prazer; onde queremos sempre nos beneficiar de forma rápida e normalmente, material ou ligada ao mundo externo, sem compreender o que em nós(internamente), precisa ainda amadurecer e assim, despertar, certos potenciais encobertos. E quando falo de nossa ingenuidade diante desse mundo espiritual desconhecido, estou falando da nossa ignorância diante desses espaços internos. Não imaginamos a força e a assertividade que há nesses submundos, o quanto de sabedoria se encontra em nós e acreditamos que por experiências, as mais diversas e ainda mentais/egoicas-superficiais, já sabemos e reconhecemos tudo que precisamos saber; como que adentrando ao “Mundo de Alice”, o fantástico apenas, fosse o suficiente para literalmente, definir aquilo que somos em integralidade. Nos baseamos, também e, muitas vezes, nas coisas do mundo e na experiência de outras pessoas para dar os nossos passos numa jornada que é única e em nós mesmos - inicialmente, faz todo sentido, pois, assim como a mãe orienta a criança, pode-se ter alguém como referência, porém, transformar isso ao longo do processo é primordial e sinal de amadurecimento, trazendo assim a sua própria assinatura para a vida, para o mundo e não apenas repetindo aquilo que outra pessoa já vem realizando. É comum também, negligenciarmos, negarmos e/ou rejeitarmos os aspectos em nós sombrios como se não nos pertencesse ou precisassem ser expulsos de nós e passamos a “acreditar” apenas na parte do todo que somos; parte esta, que nos agrada e/ou faz sentido superficialmente falando.
É raro aquele que se propõe perseverar diante da aridez que é explorar a si mesmo, esperando o oásis e desdenhando o deserto em si; polindo, realmente o diamante que está por trás ou embaixo de tudo isso. Diamante este que é a alma em suas nuances mais sutis, o “ser em integralidade”, o “ser em totalidade” – a nossa pureza, vivida e integrada num todo e diferenciado/único nesse mundo, podendo agora, retornar ao mundo, porém, inteiro e assim, ver esse todo que é, também no mundo e nas pessoas ao redor e em Unidade, viver e ser, acima de tudo.
É comum essa postura imatura de querer o que agrada a mente, ao ego, a superficialidade, as partes quando adentramos a este mundo espiritual porque sempre agimos ou atuamos assim – em parte, inconsciente de nós mesmos – e levamos essa conduta conosco quando adentramos a este mundo também. Mas, é assim que vamos de desilusão a desilusão, desconstruindo nossas crenças, revendo a nós mesmos e polindo, sutilizando aquilo que precisa ser sutilizado, nos ampliando, nos expandindo e permitindo dessa forma, ao ser que somos em totalidade, se manifestar dentro desse giro em espiral infinita, que é a expressão divina nesse Universo. É assim que vamos permitindo a manifestação do ser que somos, nesse palco, chamado vida.
Isso e mais um pouco, é possível falar dos primeiros passos, que pode levar anos, nesse trajeto espiritual, sobre a nossa postura infantil. E talvez seja interessante a todos nós, antes de qualquer conclusão, definição sobre nós mesmos, olhar para este aspecto infantil, ingênuo e birrento em nós, primeiramente. Reconhecer esta postura, nos permite levar esta “criança interna”, a espaços que a mesma pode então, amadurecer, ascender nessa espiral que somos. E arriscaria dizer que este que leva esta criança ingênua e birrenta, seja uma outra face nossa que possui essa visão do Todo, mas para sabe-la, real e ativa em nós, antes, é preciso a consciência sobre a nossa infantilidade diante do mundo vasto, infinito e profundo que é este, desconhecido mundo espiritual.
Para mim, conversar, dialogar, trocar experiências, estudar sim, ler sim, não apenas aquilo que me interessa ou me agrada, mas principalmente o que não agrada é importante ser visto, olhado, estudado, ampliado; além de buscar compreender melhor sobre a alma humana, o comportamento humano(isto está relacionado à minha formação); me auto-observar, auto-analisar constante e continuamente, e mais, nesse agora, estou me submetendo a terapia com uma pessoa (psicoterapeuta) mais experiente que eu; estes são os recursos que venho me disponibilizando e me possibilitando, traçando assim minha jornada. Cada jornada é única, não há caminhos certos ou errados, para tanto, esse chamado precisa ser sentido dentro e traça-lo dessa forma com maior segurança e confiança. Sintamos e reflitamos. Gratidão por você estar aqui! (Kátia de Souza)
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