segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Paleta de Cores (por Kátia de Souza)



Servir, é estar a disposição à si mesmo, primeiramente. E isto, no sentido de reconhecimento - "re-conhecer" a si mesmo, ou seja, ver de novo e de novo, quantas vezes for necessária e sobre diversos aspectos em você. E esta "personalidade" (este personagem) que você encarnou nesse agora, não está fora disso. Por isso, todas as questões ligadas a esta personagem, são fundamentais para que compreenda o todo que você é. Isso é acolher a si mesmo. Acolhendo, compreenderá como o que você é, é oferecido ou doado ao que entende por externo. E esse doar, acontece de forma natural e espontânea, não é pensada, não é raciocinada, surge, vem naturalmente da flor que brota a partir desse "re-conhecimento" - você é essa flor, você exala o seu perfume, doa sem necessidades, apenas doa porque essa é a sua natureza - ser. É dessa forma que "re-conhece-se" o tom da vibração que você ancora nesse aqui e agora e que diz respeito a essa "individualidade". 

A tela do divino nesse planeta é infinita, portanto, as cores são infinitas. Você faz parte dessa tela, possui um tom específico a ser colocado a serviço e compondo o todo que você é - possui em si mesmo uma paleta infinita de cores a ser "re-conhecida". O quanto essa paleta é similar ou igual ao Todo, não é o que você deve pensar, mas sim, sua tarefa é acolher essa paleta única e disponível dentro de ti que guarda todas as cores, desde as mais claras e vibrantes até as mais escuras e opacas.  Sua tarefa é acolher o todo que você é, em si mesmo. 

Reconhecer essa cor e esse tom, faz a diferença e permite que o Todo se manifeste através de você. Não é você como individualidade que comanda a expressão do Todo, mas é você que "re-conhecendo" a si mesmo nesse tom ou cor, permite ou favorece que este, se manifeste. Só se pode doar aquilo que se é. Se você sabe ("re-conhecendo") o que você é, a natureza do Todo é tão somente encaminhar, o que você é para o aqui e agora. Confundimos em muitos momentos o todo que somos com o Todo que não se sabe, plenamente, e que só pode ser sentido.

Confiemos mais no Todo que "não se sabe" plenamente e permitamos que o servir a nós mesmos, nesse re-conhecimento contínuo e constante, faça a diferença, nesse agora. Sintam! (Kátia de Souza - 31/08/2020)

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