quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Um olhar natural e agregador (por Kátia de Souza)



Quando estamos em contato com o mais puro em nós mesmos, somos espontâneos, naturais, não há esforço para ser, apenas nos manifestamos como somos. E esse olhar possui uma "força" natural que tende a agregar, unir, integrar - há nisso um magnetismo.

Há em nós mesmos "um olhar" que busca essa agregação, naturalmente. Sabe as "crises existenciais" - é esse olhar chamando por você. Esse olhar te chama para esse reencontro com você mesmo e quando nos entregamos a esse "olhar", inevitavelmente, ele refletirá fora, trazendo para perto e até materialmente falando, aquilo que vibra na mesma sintonia.

Quando nos disponibilizamos olhar para nós mesmos com verdade, vontade e coragem essa força é ativada, esse magnetismo agregador manifesta-se em diversos aspectos, a partir de nós mesmos e com certeza começaremos a ver isso também, fora.

Mas sim, é preciso coragem, sim é preciso verdade e vontade compreendendo em nós, as faces que ainda exercerão força para se manter "falseando" o que somos. Aspectos nossos que ainda estarão ali, quase sempre de forma inconsciente, nos mantendo numa postura imatura.

E mesmo estando mais conscientes poderemos ainda assim, nos enganar, nos iludir, tropeçar porque a porção inconsciente é imensurável e ela nos direciona em diversos níveis.

Contudo, diante da autoconsciência sabemos que que há em nós este ser verdadeiro e único o qual nosso olhar pode se voltar; há em nós o saber que a jornada é larga e longa, não é da noite para o dia que tudo mudará magicamente; nós nos tornamos responsáveis pela nossa jornada e sabemos sentindo o que é ser responsável pela mesma e não mais apenas discursamos sobre isso, realmente, nos responsabilizamos vivendo o que dizemos. Sabemos ainda que esta responsabilidade nasce, inclusive porque reconhecemos muita sombra dentro de nós, descendo no mais profundo de nós e como diz Jung:

"Não há despertar de consciência sem dor. As pessoas farão de tudo, chegando aos limites do absurdo para evitar enfrentar a sua própria alma. Ninguém se torna iluminado por imaginar figuras de luz, mas sim por tornar consciente a escuridão."

Portanto, esse olhar para a alma que somos, não diz respeito a apenas discurso com palavras "zens" e sim, é um olhar que integra, abraça o todo que somos em unidade e nisso está tudo, absolutamente tudo, todos os níveis em nós, desde os mais superficiais, até os mais profundos, se assim posso dizer. Esse olhar é agregador, integrador e por isso, o chamo de amoroso porque une e une primeiramente, em nós. Jamais separa ou divide, deixando algo de fora por julgar-se feio ou ruim.

Compreendamos que primeiramente esse olhar se faz necessário à unicidade (o ser único que somos), pois, o resto, vem por consequência. Cuide de si, olhe para si em integralidade, a alma que você é comporta diversos níveis e chama por ser acolhida, vista, amada. Sinta! (Kátia de Souza - 08/10/2020)

Por enquanto, é isso. Mas, vamos continuar falando sobre isso?
Quais ferramentas ou meios você usa para ver sentindo a alma que você é?

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